sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O muro


É normalmente assim, sempre se volta para a direção errada. Quando um se arrepende e lembra de quão valoroso era o seu amor vivo em sua vida, e volta em um regresso de sorriso largo, peito à boca, olhos novamente recém-nascidos, e finalmente torna a sonhar como um adolescente que acabou de conhecer o amor e o toque de corpos; o outro, sempre o outro, afinal um órgão extra corpóreo, incontrolável, desarranjado da sinfonia, desafina e grita, rejeita e sofre. Incansavelmente, tornamos a caminhar desnorteados em volta do próprio lar. Não há entradas, as janelas estão abertas, porém, as cortinas esvoaçantes assustam.

Joyce Rodrigues para o agora.

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