quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A falta que ela faz em si


Esconde-se no vale de ninguém enquanto Ninguém chora e tenta assassinar afogado o desespero do amor ido... Não dá pra carregar tanto vazio... puxa a descarga, abre a torneira...
maçãs ilustradas/vermelhas/estragadas
Imagina seu rosto banhado das lágrimas que lhe presenteou como uma grega sonsa... agora vivem Cem anos de Solidão batalhando nessa Guerra Fria...
Competição de sofrimento... duas fortalezas de isopor, dois buracos de tatu que se unem na parte mais funda do poço...
Ela chora esse sangue dorido passe/ador, porém...
Nunca é o bastante... nunca conseguiu esvaziar o pote...
Um vírus prolifera-se vai carcomendo o sistema imunológico não sabe mais se virar sozinha...
vício, fumo, câncer ...
a maldade dele a faz companhia... essa morte lenta a faz sentir viva... esse ex/trago de vida...
Porque o amor nos torna sempre tão dramáticos...


Joyce Rodrigues

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