sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Chuva e Sol: casamento de português



Entre um ônibus e outro vislumbrei o oculto.
Entre os comboios sacolejantes de organismos ansiosos,
nas estradas barulhentas e sol rascante encontrei a chuva
que refrescou meu ser atormentado.
Tudo ficou misturado em seus olhos e arco-íris nos meus.
Quem saberia o que meus olhos transbordantes enxergariam?
Vi de longe que eu veria o oculto.

Pelos carros apressados pela morte,
deslizei de encontro a você e pus minha língua em seu sal para prová-lo
e enxerguei.
Eu vi o oculto.

Entre um ônibus e outro minha mente para no ponto.


JoYce Rodrigues.

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