sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Uma mentira a menos


Falemos sobre auto destruição.
Sobre os dias de morte em vida, que descobrimos,
assim como uma barata adentra decidida por sua janela,
que já estávamos mortos.

Auto destruição.
Todas as angústias são esporradas em sua cara.
Todas as misérias da alma são bebidas numa taça.
Taça que se ergue e brinda alto: Como sofro!

Nos devoremos!
Escrevamos!
Por que não doar dor?
Fartemo-nos de risadas geladas, insossas, indevidas.
Hoje é o dia da morte!
Imagem fúnebre, caixão, lágrimas, rosas!
Rosas cor de sangue para celebrar a auto destruição.

Agulhas!
Os pensamentos são agulhas viajando pelo corpo fraco, caduco, desnutrido de amor,
sedento, encantado pelo fato de poder a qualquer hora dar cabo de tudo.
Boca salivante. Pinga e deixa marcas de excitação.

Uma oração a Sócrates. Inveja de sua cicuta.
Devaneios que vem e vão.

JoYce Rodrigues

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