quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Castelo de fumaça


Esconderijo do corpo para dentro dele mesmo.
Passos curtos por estrada longa.
Olhos fixados a terra suja abaixo dos pés
(Para o corpo ela corre mais que o tempo)
Mãos no bolso.
Adeus não há.
Faltam as ilusões no dicionário de minha língua.
Para onde foram as mentiras?
Por acaso escondidas por trás dos muros do homem, ou tomada só para si, para o livro das "verdades"?
São muitas "verdades" para respirar
os pulmões não dão conta...
preciso da nuvem anfetamínica para contaminar essa bondade...
preciso das mentiras para respirar,
muitas verdades poluem a ilusão, antítese da vida...
Imã da terra, pés de ferro,
livro aberto sobre o rosto,
janelas da alma de cortinas fechadas,
o objetivo é dormir,
portanto peguem as pedras que eu estou passando.
Você nunca esteve deitado em sua cama fumando um cigarro e isso é muito estranho pra mim...

Joyce Rodrigues

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